Tal qual fênix


Na mitologia grega, fala-se de uma ave fabulosa que durava séculos e, ao morrer, entrava em auto-combustão, queimava, e depois de um tempo renascia das próprias cinzas.

Há variações que acrescentam que, além do renascer, essa ave tinha a capacidade de pressentir o cheiro de um "fim", e ia ao seu encontro, jogando-se contra o fogo para que se cumprisse o seu destino. Essa ave se chama Fênix. A ave que renasce de si.

Mas como chamamos quem realmente pressente esse cheiro do fim ? Que sente essa sensação estranha, e se lança mortalmente ao encontro deste com bravura, dor, coragem, medo, tristeza, lamento, altivez, tortura, porque sabe que é inevitável e não pode fugir ? Como chamamos quem assim sobrevive para ensinar aos outros que é possível renascer? Como chamamos quem exerce amor como prática de vida e morrendo em sua sina, revive, porque o semelhante precisa dessa ressurreição??? Como chamamos quem expõe suas dores, seus medos, seus temores, com naturalidade e sabedoria, porque é assim que tem que ser??

Sinceramente, as vezes não sei... Talvez fênix... Comecei então a observar mais isso, do que vejo, sinto e escrevo, mas nesses momentos não sei denominar que nome pode receber tudo isso.. Seria pouco nominar apenas como fênix, que morre para ressurgir. Não sei nem mesmo como descrever esse estado adquirido, essa capacidade não de sobreviver, mas de renascer da morte dos próprios sonhos. Mas sinto que tudo isso pode ser possível, encarar esse vôo pleno ao redor do mundo e de meus sonhos e renascer.

Essa ave mitológica ensina a recolher o pó da combustão de nossa essência, porque será deste mesmo pó que virá a nova vida, esse novo encontro. É preciso encarar o pesadelo com a consciência clara de que nossas cinzas formarão novos sonhos. Para renascer sempre melhor e mais belo. Tenho certeza que posso denominar essa ave de Gente....

1 comentários:

Anônimo disse...

Acho que o mais incrível é que renascemos mais fortes. Bjo. Marcelo Boca

Postar um comentário